Modelo de serviços compartilhados completa dois anos com ganhos operacionais e tecnológicos consolidados
Em um setor onde a adoção de modelos administrativos modernos ainda é incipiente, o Grupo Mabu, um dos principais nomes no cenário de hospitalidade e entretenimento, se destaca ao completar dois anos da implantação de seu Centro de Serviços Compartilhados (CSC), batizado de SCM – Serviços Compartilhados Mabu. A estrutura integra cinco áreas de back office — governança (melhoria contínua e compliance), tesouraria, cobrança, fiscal contábil e suprimentos (compras e almoxarifado) — em uma única plataforma de gestão, promovendo ganhos expressivos em eficiência, produtividade e controle.
Implantado em abril de 2023, o SCM foi estruturado sob a liderança de Jorge Della Via, Diretor de Tecnologia, Inovação e CSC do Grupo. A decisão de vincular diretamente a área de tecnologia à gestão do centro teve como objetivo garantir máxima integração entre sistemas, processos e pessoas. “Nossa abordagem ao SCM envolveu uma profunda integração tecnológica para garantir que todas as áreas trabalhassem de maneira harmoniosa. Este foi um desafio complexo, dada a diversidade de nossas operações, mas os resultados superaram nossas expectativas, provando ser uma solução robusta para o nosso crescimento”, afirma Della Via.
Apesar da expectativa de maturação de um CSC levar cerca de três anos, o Grupo Mabu surpreendeu ao atingir resultados superiores em apenas 18 meses. Hoje, com dois anos completos, os ganhos são ainda mais expressivos: redução de 53% nos custos operacionais, melhoria do Tempo Médio de Atendimento de 5 para 3 dias, mais de 550 horas mensais economizadas com a automatização de processos, e mais de 890 horas de retrabalho eliminadas.
“O modelo não apenas simplificou processos, mas também garantiu que todas as áreas da empresa trabalhassem de forma alinhada e eficiente. Dada a complexidade de nossas operações, o desafio foi grande, mas os resultados obtidos comprovam que o SCM é uma solução estratégica fundamental para impulsionar nosso crescimento e a melhoria contínua”, avalia Jorge.
Outro ponto de destaque foi a digitalização e a adoção de tecnologias como RPA (Robotic Process Automation) e API (Application Programming Interface). “Essa integração tecnológica resultou em maior eficiência, com operações mais rápidas e menos propensas a erros, além de um ganho significativo na automação de tarefas repetitivas”, destaca Della Via.
A sustentabilidade também foi contemplada. Em dois anos, o consumo de papel caiu de 572 mil para 208 mil folhas (média de 108 mil folhas/ano), gerando uma economia de mais de R$40 mil. “Reduzimos não apenas custos, mas também nosso impacto ambiental, o que reforça o compromisso do Grupo com práticas alinhadas ao ESG”, explica.
O investimento em pessoas seguiu a mesma lógica estratégica. Desde o início do projeto, foram 432 horas de treinamentos e mais de 45 promoções internas, sem aumento de orçamento. “Transformamos não apenas nossos processos, mas também nosso time, desenvolvendo talentos e fortalecendo a cultura organizacional. Esse é um dos pilares do nosso modelo”, afirma Della Via.
Hoje, com 65 colaboradores dedicados exclusivamente ao SCM, o modelo mapeou 225 projetos e estabeleceu 273 pontos de integração entre áreas, consolidando a fluidez e padronização nas rotinas administrativas. “Quando centralizamos funções administrativas e financeiras, conseguimos implementar controles internos eficazes, aumentar a transparência e garantir que todos trabalhem com os mesmos objetivos”, afirma o executivo.
Para o futuro, a meta é seguir aprimorando a estrutura com novas soluções tecnológicas, inteligência analítica e integração de dados. “O SCM foi concebido como um organismo vivo, que evolui conforme as necessidades do Grupo. Estamos sempre olhando para o próximo passo, com foco em inovação, eficiência e crescimento sustentável”, conclui Jorge.
Com esse modelo, o Grupo Mabu não apenas modernizou sua gestão, mas se posicionou na vanguarda da hotelaria nacional, sendo hoje uma das poucas empresas do setor a operar com um CSC plenamente integrado e orientado por dados — um diferencial competitivo raro no Brasil.