À frente dos Hotéis Mabu e do Blue Park, Luciano Motta une performance financeira a uma gestão humanizada. Como resultado, colhe recordes de crescimento.
A trajetória de Motta, hoje CEO do grupo, é marcada por superação e visão estratégica. Além disso, destaca-se pela conexão genuína com as pessoas. Aos 19 anos, ingressou na hotelaria como mensageiro no Mabu Curitiba Business. Hoje, lidera um dos maiores grupos do Sul do Brasil, com números expressivos e uma cultura baseada em escuta ativa, empatia e presença.
Mais do que ascensão profissional, sua história mostra que relações humanas bem construídas são uma vantagem competitiva. “Tudo na minha vida aconteceu por causa do relacionamento, do cuidado, da escuta e do olhar atento ao outro”, resume. Por isso, costuma circular pelas unidades conversando com colaboradores de todos os níveis, da manutenção à diretoria.
A origem de uma filosofia de liderança
Pouco depois, aos 20 anos, enfrentou um desafio, com a saída repentina do Grupo Mabu. “Éramos três crianças em casa, com problemas de adultos. Aquilo me marcou para sempre”, relata. No entanto, transformou a adversidade em combustível para uma longa trajetória em vendas e gestão.
Em 2017, voltou ao Grupo Mabu como diretor de vendas. A mudança foi decisiva, pois os resultados apareceram rápido. O Mabu Thermas, em Foz do Iguaçu, saltou de R$ 46 milhões para R$ 130 milhões. Em Curitiba, o crescimento foi ainda maior: de R$ 6 milhões para R$ 18 milhões.
Desde 2022, já na posição de CEO, Luciano Motta manteve o foco em performance financeira sem renunciar à cultura organizacional. “Você precisa querer defender a empresa, precisa querer tê-la no peito todos os dias”, afirma. Segundo ele, a chamada visão 360º da hotelaria é o que garante a excelência: conhecer profundamente todos os departamentos e adaptar-se às mudanças constantes do mercado.
Ao longo de sua carreira, o executivo acumulou histórias que reforçam sua filosofia. Um episódio com o então diretor de uma das indústrias, por exemplo, começou com um desentendimento na recepção do hotel e terminou, anos depois, com uma sólida parceria de negócios. Em outro caso, evitou o cancelamento de uma reserva feita por um presidente de uma montadora internacional ao oferecer algo que nenhum sistema previa. “Cada encontro tem um propósito. Basta estar disponível para ele”, diz.
Esse capital humano, segundo Motta, é o que diferencia empresas duradouras de negócios oportunistas. “Pessoas felizes cuidam melhor de outras pessoas”, reforça. Para ele, a missão do gestor é cuidar de quem cuida — e isso não se aprende apenas em cursos de liderança, mas sim no cotidiano das relações reais.
O sucesso como construção contínua
A história de Luciano Motta é, em última instância, uma ode à resiliência e à construção paciente de uma carreira baseada em valores. Longe dos holofotes fáceis ou das conquistas meteóricas, o que se vê é um percurso moldado pelo esforço diário, pela empatia e pela capacidade de transformar pequenos encontros em grandes oportunidades.
“Se eu cheguei até aqui, é porque alguém acreditou em mim quando eu estava no chão. Hoje, minha missão é estender essa mão para outros. Porque o sucesso não é o destino. O sucesso é a jornada. E ela começa com empatia”, conclui.
À frente do Grupo Mabu, Motta continua mostrando que, no fim das contas, são as pessoas, aliadas a processos bem definidos, que sustentam o verdadeiro crescimento empresarial.